as brancas noivas de cristo
exibem na pele os ritos
que o invisível contato
do amor ferem-lhe como cactos
oram ardentes sob os véus
ao bem amado dos céus
os dedos na cura da ânsia
friccionam as alianças
manequins de valentino
excitam o eros divino
o puro amor entre os flancos
queima-lhes os sorrisos brancos
desfilam puras as primícias
de um jardim de delícias
mesmo na santa distância
efetua-se a transferência
as brancas noivas de cristo
exibem nas faces o suor
recompensadas do rito
que lhes maquila o amor
a virgindade que as inflama
recompõe-se à luz da chama
ruborizadas as amadas
vestem as almas desnudadas
exercitam o verbo amar
sobre o leito do altar
Luís Augusto Cassas
In A Poesia Sou Eu, vol. 2, p. 431
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