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Cena do filme 'Zorba, o Grego' |
Guie-nos a Constelação das Plêiades
envolta em nuvens de narcisos
até o santuário de Apolo
onde dorme o sepulcro de Dionísio
Na máscara mortuária dos deuses
contemplamos o resgate do exílio
Ó sonho eterno:
Tua face dourada
e a minha sombria
formam um só rosto
de ornado mistério
Somos dois
frente à divindade
Pequenos sóis
da mesma verdade
Somos o só
e o mesmo
Somos o próprio
em si mesmo
Que viemos fazer aqui
senão confraternizar
com a vida e o seu longo elixir
no prazer de reencontrar-nos?
Entre tantos semelhantes
façamos o mundo girar
e como Zorba dançar
enquanto escoam os instantes
Eia juntos caminhemos
além do além do além
sob o amor frutifiquemos
aos pés do Supremo Bem!
São Luis
jun/dez/2005
Luís Augusto Cassas
In A Poesia Sou Eu, vol. 2, p. 404
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