quinta-feira, 17 de agosto de 2017

POESIA E ESPIRITUALIDADE: NOITE DE AUTÓGRAFOS & RECITAL






Após a publicação de A Poesia Sou Eu, sua Poesia Reunida, agrupando vinte livros, Luis Augusto Cassas retorna à planície da poesia, com dois novos livros de poemas:
1- “A Pequena Voz Interior & Outros Comícios do Vento.”
Retrata período de grave crise criativa e existencial do poeta, após cirurgia na região do pescoço e garganta, quando perdeu a fala por aproximadamente 8 meses e a capacidade de raciocinar poeticamente por mais de um ano. “ A cicatriz que me atravessa/o pescoço/ é a mesma cicatriz/ que atravessa/ a minha vida”.
Um mergulho no elemento ar, núcleo mercurial da oxigenação e sopro da vida, com outros cinco comícios do vento.
Mas o que são comícios do vento? Concentração de nuvens de pensamento que o poeta faz chover poesia. Círculos de poemas em tons saturnianos, plutonianos, venusianos e netunianos, compondo vasto material temático, em que o amor e a poesia ocupam espaços fundamentais.
Penalux, Editora. 2017.
2- “Maria, a Fortaleza Sutil que Vence toda Força”.
Antologia de um poeta pós-contemporâneo sobre a Mãe de Deus. Reunião de poemas éditos e inéditos em que o tom lírico-devocional e a compreensão gnóstica- alquímica sobre o feminino espiritual, ampliam a conhecida perspectiva mística.
No instante cósmico em que as torres da arrogância e egoísmo universal intensificam suas engrenagens de destruição contra as aspirações de paz da humanidade, os versos de “ Maria, a Fortaleza Sutil que Vence toda Força”, se constituem em sutil sopro lírico, movendo interiormente as usinas do sonho, da beleza e do ideal, em busca de uma realidade que precisa ser novamente sonhada.
Penalux, Editora. 2017.







Fonte: https://www.facebook.com/events/263041574189347/permalink/263049137521924/







segunda-feira, 15 de agosto de 2016

CASSAS LANÇA EM SÃO PAULO “A POESIA SOU EU”, POESIA REUNIDA



O poeta Luís Augusto Cassas


NA CASA DAS ROSAS, 17 DE AGOSTO ÀS 18H30,COM RECITAL DE POETAS, ARTISTAS E AMIGOS

A VIDA TORNADA VERSO: UM LIVRO ABERTO
O poeta Luis Augusto Cassas, 63, maranhense, radicado em São Paulo, lança a sua Poesia Reunida, reunindo 20 livros de sua jornada lírica, em 2 volumes encadernados com 20 livros de poemas, retratando a sua jornada lírica. O acontecimento cultural será realizado na Casa das Rosas, à Av. Paulista, 37, dia 17 de agosto, entre 18h30 às 21h30.  A noite de autógrafos ocorre durante leitura de poemas por poetas, artistas e amigos. O evento é promovido pelo Chama Poética.


CONCERTO PARA VOZ E SILÊNCIO
A ordem de 17 de agosto a partir das 18h30,na Casa das Rosas, é poesia. Mais de duas dezenas de pessoas irão ler poemas de Cassas, mostrando ao público paulista uma amostra representativa de sua poética. A monja Coen e a escritora e terapeuta Bel César, bem como o compositor Zeca Baleiro  estarão presentes. Responderam afirmativamente à convocação os poetas Álvaro Alves de Farias, Flora Figueiredo, Ruy Proença, Celso de Alencar, Mariana Basílio, Hamilton Faria, Lucia Santos, Rubens Jardim, Roseli Arruda, Elke Lubitz, Mariana Teixeira, Vlado Lima. Mas o elenco não se esgota aí - nomes da música popular e erudita – Nathália Ferro, Gabriel de Almeida Prado, o tenor-maestro Victor Vieira e a soprano Carol Campos acenaram positivamente.. Na geleia geral dos convidados, o editor Eduardo Lacerda e os atores Cássio Junqueira e  Áurea Maranhão, também são presenças confirmadas.” O concerto para voz e silêncio ,mediado pelo espectador” segundo Cassas “ poderá contar com alguma surpresa”. Luis Avelima, músico, escritor e cantor, deverá abrir o Recital.


A OBRA  POÉTICA DE CASSAS
Editado pela Imago, em 2 grossos volumes encadernados, ”A Poesia sou Eu”, exibe desde a estreia de “República dos Becos”, em 1981, que lhe deu consagração nacional, passando por títulos conhecidos como  Ópera Barroca: Guia Erótico-Poético & Serpentário Lírico da Cidade de São Luis do Maranhão, A Mulher que Matou Ana Paula Usher, até três livros inéditos mais recentes. Em quase 1500 páginas, traz ainda vasta fortuna crítica sobre o autor, natural de São Luis do Maranhão, usina de poesia de nomes como Gonçalves Dias, Sousândrade e Ferreira Gullar.
A poesia de Cassas habita a convivência entre o popular e o esotérico, o místico e o mítico, o social e o existencial, o cósmico e o sentido da vida, navegando entre cartas de tarôs e iniciações barrocas. Pródiga em códigos, propõe uma espécie de síntese cosmogônica de tudo. É atravessada por dramática compreensão do universo, incorporando o niilismo e o satori, cuja assinatura, portando exacerbada sede de eternidade e ânsia de infinito, revela nuanças cabalísticas, impressionistas, realistas, dadaístas e surrealistas.  
Um de seus melhores retratos  é pintado pelo poeta, crítico e tradutor Marco Lucchesi, no pórtico da Poesia Reunida. Eis alguns trechos do ensaio de Marco Lucchesi sobre Cassas:
“Vejo a obra reunida de Luís Augusto Cassas. E me espanto com a população que habita seus livros. Uma demografia incomum. Toda ecumênica. Cheia de beleza. E frescor. Mais de uma praia. E mais de uma cidade. O mundo e a redescoberta de sua grande poesia. Uma das mais belas que se escreve hoje no Brasil. E das que mais me comove.”
“Algo de Apollinaire. Algo de Blaise Cendrars. Mas tocado pelo tempo atual. E com uma síntese toda sua, uma linguagem toda sua e um acento inconfundível.”
“A poesia de Cassas nasceu como Minerva da cabeça de Júpiter. Grego equinocial. Cidadão do mundo. Amante do corpo e do intelecto.”
“Para Cassas, o universo é uma teia de correspondências, em que as pedras e as estrelas se comunicam sob os céus do Maranhão ou de qualquer parte do Globo. Como se buscasse a espiral de Deus. O nautilus invisível.”
“E Cassas é este sobrevivente pós-moderno de Babel, o DJ de Deus, o trapezista luminoso de um circo de palavras, perdido entre alturas e adesões. O universo é como um iPod. E Cassas busca o modo de fazer o download de alguns resíduos de Deus que vagam no ciberespaço. Além da pedra. Do sonho. E da estrela. E o livro do mundo precisa ser lido. Tudo aquilo que diz sem dizer. O espaço entre as palavras. O branco da página.”
“Temos o poeta da cabala do visível, que sai do papel e vai para a vida — nunca saiu da vida este poeta nietzschiano, atrevido, apaixonado às últimas consequências.”
“Um permanente j´accuse como um profeta do antigo testamento no seio da modernidade. O drama da figura do Pai e da piedade do Filho. Uma telemaquia de Cassas à procura de Ulisses. A espera do Pai. E do futuro. E do filho pródigo. E a volta. A transfiguração materna em ampliados afrescos. Dvořák e o banquete de cordeiros físicos e metafóricos. O Alfa e o Ômega de uma dor íntima. Ao cabo, o encontro com Hölderlin, atingindo o ápex de uma vida dedicada de todo à poesia. Alta voltagem de mistérios e revelações.”
“Ele preferiu a escola do abismo. Mais que a de Telêmaco. De quem aprende com as impurezas do Hades. E ao voltar, como Orfeu, buscou Eurídice por todos os quadrantes. Mas seus olhos tinham fogo. Sua boca havia sido marcada pela sarça ardente da poesia. Era demasiado tarde para uma crítica da forma pura. E toda uma língua forte — cheia de frescor — com uma férrea vontade de levar a termo uma nova razão de estado da língua de seu país, em que tudo aparece deslocado e destramado. Sua poesia não tem compromissos. E é livre e compartilha um ecumenismo raro na literatura brasileira. E aqui não falo apenas de uma compreensão mística, mas de uma variedade poética e vocabular cheias de eletricidade. Poeta que canta as belezas do mundo. E suas partes trágicas. Mas com um sorriso de fundo permanente.”
“A Obra Reunida aqui está. Cassas tem agora a imagem do próprio rosto. O itinerarium mentis. As confissões deste Augustinho pós-moderno, maranhense e brasileiro”, concluiu Marco Lucchesi.

A POESIA SOU EU
A Poesia Reunida de
Luís Augusto Cassas

2 volumes encadernados de formato 16 x 23 cm

Volume 1 — 696 páginas
ISBN: 978-85-312-1093-8

Volume 2 — 672 páginas
ISBN: 978-85-312-1094-5







Fonte: Cultura Alternativa
http://www.culturaalternativa.com.br/literatura/eventos/item/8960-cassas-lanca-em-sao-paulo-a-poesia-sou-eu-poesia-reunida






quarta-feira, 6 de abril de 2016

EPÍGRAFE PARA QUALQUER CONGRESSO DE POESIA






moderno não é o avião
o míssil o laser o perfume de madonna
os cabelos de cobalto de andy warhol
a crítica da razão impura de rené
descartes clement
a aspirina a dialética o corte de
cabelos de elizabeth taylor
a gravata do príncipe de gales
o externo existir


moderno é o coração
companheiro de viagem
de todas as idades
que escreve os Vedas
e apazigua  Força
e apesar de ferido
pelo pensamento
permanece terno
e eterno
dentro do centro






Luís Augusto Cassas
In A Poesia Sou Eu, vol. 1, p. 28






quarta-feira, 2 de março de 2016

FELIZ ANIVERSÁRIO, POETA!




Hoje é aniversário do nosso poeta e aqui estou, com muita alegria, a celebrar, no blog,  esta data tão festiva. 
Desejo, em nome dos leitores e admiradores de sua poesia, saúde, paz interior, alegria e muita inspiração! 
Que Maria o proteja e o ilumine, sempre! 
Deixo aqui um poema, um pequeno presente, meu gesto de admiração e carinho.
Feliz Aniversário, poeta! 






MÃOS ALADAS

                                  para Luís Augusto Cassas


Mãos não voam,
eu sei.
Porém, quando me deparo
com as tuas,
vislumbro nelas
a intrínseca capacidade de voar.
Não com asas comuns
cobertas de penas,
mas de palavras,
lançando-as na imensidão
do azul-lírico do teu firmamento
e fazendo-as alcançarem
a  infinitude  de  significados
que ecoam nos quatro cantos
do teu uni(verso).
Um voo de rara beleza esse,
que somente tuas mãos realizam
nesse horizonte próprio,
cujo sol é a metáfora mais vívida 
de ti. 






Elizabeth F. de Oliveira





terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

REMEMBER ANCHIETA





Passeando descalço - pulmões inflados - 
por estas praias solitárias do litoral
em companhia de gente muito importante:
o sol as ondas as dunas brisas coqueiros e gaivotas
(a mais de 3.000 km da Praia de Iperoig;
a 418 anos da 1a. edição do poema
Da Virgem Santa Maria Mãe de Deus) 
às vezes detenho-me na alva areia
e com o indicador escrevo teu nome: Maria
Como quem procura as tuas mãos
O mar - exército de lavadeiras - vem e apaga
Escrevo de novo: Maria
As ondas vêm carregam a palavra
arremessam-na contra os arrecifes:
teu nome vira sal e espuma
4.172 vezes escrevo: Maria
4,172 vezes o mar vem e leva a areia
Ó Editores do tempo! Pelas barbas de Gutemberg!
Ó Anchieta! Apóstolo da Palavra!
Merecias ser canonizado - Santo Santo Santo -
por realizares o teu milagre maior: o da Poesia
Enquanto eu - sem a proteção
de Deus e da História
mercê do mar da chuva e maus ventos
não deixarei vestígio:
pedra arremessada
alimento de peixes
ou fósforo apagado
na memória







Luís Augusto Cassas
in A Poesia Sou Eu, vol. 1 , p. 129

Este poema consta  no livro  de Rubem Braga, 'A poesia é necessária', 
com os melhores poetas brasileiros de todos os tempos, pela Global Editora.







terça-feira, 17 de novembro de 2015

BANDA DE ASA





pomba do divino
asas do eterno
confessai aos sinos
barreira do inferno


dai coração novo
a todas as criaturas
livrai-as do fogo
noite mais escura


pousai sobre os mísseis
absolvei-lhe os destroços
tornai-os úteis fósseis
museu paleontológico







Luís Augusto Cassas
In A Poesia Sou Eu, vol. 1, p. 173





segunda-feira, 5 de outubro de 2015

DIALÉTICA DO OLHO ROXO






todo poema é um soco no queixo da história
um cruzado de esquerda na face da arte
um pontapé no traseiro da memória e da vida


frágil ou potente lento ou ligeiro todo poema
é o ato guerreiro de estremecer maxilares
ainda que leve á lona quem o pratica


a quem não jogou a toalha







Luís Augusto Cassas
In 'A Poesia Sou Eu' vol. 1, p.191



sexta-feira, 18 de setembro de 2015

ARCANO 11 (A Força)






ah, minhas feras
dilaceradas panteras
meu leão de Madagascar
acaricio-te a juba de ouro
troféu invicto das selvas
e ao abrir tuas mandíbulas
com o toque firme das mãos
a força que te ilumina
reflui pelos rios das veias
inunda os centros nervosos
e me doma a sanha assassina








Luís Augusto Cassas
In A Poesia Sou Eu, vol. 1, p. 262





terça-feira, 14 de julho de 2015

CARTA AO ALEPH





(ou a 2a. Luta de Jacó contra o Anjo)




por que me ofertas mãos de seda
a tantas mãos renegadas
e a meus dedos se tornam espadas
despencando-me à treva?


por que me acenas caminhos
se carregas as mãos crispadas
e colho a marca dos espinhos
das plantas secas na estrada?


por que me cobras o dízimo
por ter as mãos espalmadas
se o território do vazio
é a palmatória do nada?


por que me concedes a trégua
de repousar em tuas águas
passageiro de mil léguas
afoga-me em vale de lágrimas?


por que me obrigas a voar
de retorno à tua morada
se me interpões o mar
e a inexistência de asas?


que estranha missão reservas
aos dependurados dos pés
_ inversas as bocas mãos de viés _
mastigar ervas amargas?


qual o meu crime hediondo
senão viver da vida o sonho?
vale o céu o dia de hoje:
o sol a luz não me soube!


toma as formas do humano
e a luz precipitará
ã leitura dos meridianos
nova dimensão do olhar!


posto que retornas à cena
ferindo-me a coxa em refrão
sentirás a dor eterna
lançando-te ao chão com o bastão!


confrontando ao tronco a árvore
vergado o galho na mão
à alma tocada a carne
abras (enfim) o coração







Luís Augusto Cassas
In A Poesia Sou Eu, vol. 2, p.379







quinta-feira, 2 de julho de 2015

DE AMOR E DE SOMBRAS






O amor não morre Rosa


O amor não é ave em extinção
O amor não entra na lista dos desaparecidos
O amor não quer saber a quem se dar
O amor nunca deserta de sua função de ser


Às vezes o amor despede-se: tira férias
pois o coração que acendia a tocha apagou


Então se recolhe e se transfere
viaja a um novo coração ferido
torna-se presa de suave melancolia
e retorna disfarçado em sofrimento e alegria


Mas súbito a palha vira fogo
A floresta invade o céu
e inesperadamente uma tarde
a rosa nasce entre as tochas


Onde era azul agora é verde
onde foi Joana agora é Célia
onde foi Tristana agora é Helena
onde foi Clara agora é Karina
e tudo renasce como a chuva
sobre as pedras ávidas de sede


O amor não morre Rosa


O tempo esculpe novos rostos
em antigos sentimentos







Luís Augusto Cassas
In A Poesia Sou Eu, vol. 1, p. 352



sexta-feira, 19 de junho de 2015

RUMPELSTISTIKEN






1
Um dia ficarei absolutamente só
com as minhas lembranças
Solitárias elas virão Uma a uma
descerão a escadaria da memória moral
Pisarão com calma para não ranger
as velhas tábuas do passado
As boas as tristes as passageiras
nenhuma descartarei (Chopin ao fundo
entoará uma sonata distante)
Mensageiras da minha secreta verdade
tingiram as cores do meu arco-íris pessoal
e coloriram o meu sonho de viver
Despedirei cedo os empregados
pra que venham sem cerimônia
Descerrarei os antigos castiçais
Polirei a prata
Baterão à porta? Velhas amigas
sentar-se-ão à rústica mesa de madeira
pra fumar o cachimbo das recordações
Pássaros esvoaçarão contra o relógio
Xícaras de porcelana comovidas as fitarão




2
Ouvirei (comovido) suas conversas de nuvens
relatos e viagens parábolas de sonhos
obituário do acontecido rastros noturnos
da lanterna mágica sussurro no vitral
(Ó trágica flor de ouro maldição de anjos decaídos:
o temível segredo que eu intuía elas sabiam!)
Acrescentarei (com gentileza saturniana)
um ponto de vista virgem pedido de desculpas
ficção de outros personagens leitura do cristal
O que não foi sonegado entenderei
O excesso perdoarei Palavra de lei
Algumas envelheceram juvenilmente
e aderiram ao amargo chá das lamentações
Outras despiram a velha roupa dos preconceitos
e falam o prenunciado idioma da transfiguração
Onde havia ferimento agora há unguento
Onde havia amargura há cura
(Ó trágica flor de ouro maldição de anjos decaídos:
o temível segredo que eu intuía elas sabiam!)
Tudo o que era grande tornou-se pequeno
Tudo o que era pequeno tornou-se grande
e invadiu o pesado teto das reminiscências
- flor rebentando os telhados da casa -
pra colher a saliva dourada do sol


Escombros já não pesam nos lombos
Da desgraça sopra o vento da graça
O que eu sei o que eu não sei
passam a ser lápides extintas
música distante convívio de flautas
frutas submersas no espelho do vivido
Um arquipélago de lágrimas
desata um cardume de sorrisos
Todas as culpas e remorsos lavados
na clara fonte da compreensão
secam no amplo varal da resignação
E me recolho pacificado aos aposentos
lavado na pura água do desfalecimento
Coração de água ferido de um rei




3
Ó destino és (como eu) um animal divino
farejando as pegadas do sentido da vida
De que adianta pagar o cigarro das luzes
as pálpebras e a consciência
se os deuses guardam ciúme dos homens
e se vingam tão eternamente?










Luís Augusto Cassas
In A Poesia Sou Eu, vol. 1, p. 364






quarta-feira, 10 de junho de 2015

DIA DOS NAMORADOS





à luz de velas
te conheci
à luz de velas
me despedi



nosso amor começou
dia de finados
e findou
dia dos namorados








Luís Augusto Cassas
In A Poesia Sou Eu, vol. 2, p. 341