terça-feira, 15 de outubro de 2013

O CÉU DO CORAÇÃO




o raio 
e a estrela
quem lembra-lhes
a beleza
dos tempos místicos
celebrados à mesa
revoluções e milagres
dragões e princesas?

quantos sacariam 
a força da natureza
caminho da humildade
culto à realeza
detrás do biombo
o poder explosivo
render-se à flébil gentileza?

quem não ousaria
brincar no céu
do princípio
da incerteza
e pular a fogueira
do raio  e da estrela
no papel de parede
da noite acesa?




Luís Augusto Cassas
In A Poesia Sou Eu, vol. 2, p. 219


Nenhum comentário:

Postar um comentário