quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A CURA




quando os olhos
daquele que é
absolutamente nada

chorarem pelos olhos
daquele que é
absolutamente tudo

e as lágrimas claras
do absolutamente todo
lavarem os ciscos dos olhos

do absolutamente nada
então veremos às claras
tudo absolutamente novo



Luis Augusto Cassas
In A Poesia Sou Eu, vol. 2, p. 319



Nenhum comentário:

Postar um comentário